Hotéis de subsedes da Copa reajustam tarifas em 170%

Mesmo sem receber jogos da Copa, cidades que foram escolhidas para hospedar seleções de futebol registram alta de até 170% nas diárias dos hotéis para junho, mês do Mundial. Como a vinda de delegações internacionais de futebol é novidade para a maioria das subsedes da Copa, elas se preparam para o evento como se fosse “alta temporada”, inclusive nos preços. Em Campinas, que irá receber  Portugal e Nigéria, em Ribeirão Preto (França) e em Sorocaba (Argélia), as quais têm como potencial o turismo de negócios, as tarifas foram reajustadas entre 42% e 170%. Já em cidades acostumadas ao grande fluxo de turistas, como Águas de Lindoia (Costa do Marfim), Foz do Iguaçu (Coreia do Sul), Guarujá (Bósnia-Herzegóvina) e Santos (Costa Rica e México), os reajustes foram mais tímidos, entre 20% e 53%. O hotel Stream Palace, em Ribeirão, reajustou as diárias entre 89% e 170%. A tarifa de uma suíte quase triplicou, de R$ 227 para R$ 611. Rosemeire Zuccolotto, gerente do hotel, disse que o aumento foi determinado após receberem muitos pedidos de preços para o período da Copa. As diárias, no entanto, são negociadas de acordo com o tempo e o número de pessoas a serem hospedadas. “Nós aumentamos a tarifa para não receber reservas de pessoas que depois poderiam não vir”, disse. Apesar de muitas consultas, o hotel ainda não efetuou nenhuma reserva para junho. “Se chegar março e não registrarmos uma ocupação muito grande, poderemos rever os preços”, afirmou. As únicas cotações até o momento foram feitas por jornalistas franceses. O presidente da Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), Enrico Fontes, disse que as subsedes devem receber um fluxo de turistas que acompanham sua seleção. Mas os altos preços podem afastar esses hóspedes. “O consumidor não paga o que acha excessivo e não há nada pior para um hotel que quarto vazio”, diz Fontes.

Correio*

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