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Testemunhas do naufrágio do Costa Concordia na sexta-feira, diante da Ilha de Giglio, na Itália, descreveram cenas comparáveis à catástrofe do Titanic, com mães disputando os coletes salva-vidas e brigas para entrar num dos botes. “Quebramos uma vidraça no corredor e pegamos coletes salva-vidas, como não havia muitos, as pessoas brigavam e os tiravam umas das outras”, contou aos jornais italianos Antonietta Simboli, natural de Latina, perto de Roma.
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Momentos foram de tensão, relataram passageiros que vivenciaram o naufrágio
Um casal de Avellino, Pino e Rossella Pannese contaram que pegaram o filho nos braços e “o primeiro colete que viram”. “Num momento você não questiona, pensa apenas que pode morrer”, declarou.
Um outro passageiro descreveu o pânico que invadiu os passageiros desde o começo quando o transatlântico bateu numa rocha às 21h30 (18h30 de Brasília), com a eletricidade cortada em seguida e o navio começando a adernar. “Mesmo a tripulação, que contava com muitos estrangeiros, não sabia o que fazer”, informou Yuri Selvaggi.
“Foi um momento caótico, todos empurravam, tentavam passar por cima das pessoas para encontrar uma boia”, declarou Amanda Warrick, ao canal de televisão americano CNN. Ela viajava no Concordia junto com o irmão Brandon.
Em seguida, os passageiros se precipitaram para os pontos de embarque nos botes. “Quando conseguimos finalmente subir num escaler, rompeu a corda que o prendia ao navio. Nós nos apoiávamos na borda firmemente até chegarmos bruscamente à água”, contou Yuri Selvaggi. Outras testemunhas contaram que quando o navio começou a ‘fazer água, alguns tripulantes aconselhavam os passageiros a voltar às cabines.
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Segundo um outro passageiro italiano, “o caos era total”. “Quando o navio começou a adernar, fomos projetados para frente, para trás e para os lados, muitos ficaram feridos; saímos, então, à procura de botes salva-vidas”, disse. “Foi preciso mais de uma hora para deixar o barco”, completou.
Vários passageiros se atiraram ao mar, em desespero. Os tripulantes também saltaram na água “para tentar salvar os que não sabiam nadar”, contaram.Testemunhas viram o pianista do restaurante mergulhar de repente, quando tocava, apenas, alguns minutos antes.