Do G1, com agências internacionais

 

O chefe máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Guillermo León Sáenz Vargas, também conhecido por “Alfonso Cano”, foi morto por tropas do Exército da Colômbia em território do próprio país, informou o Ministério da Defesa nesta sexta-feira (4).

Alberto Gonzalez Mosquera, governador do departamento de Cauca, região onde o chefe guerrilheiro teria sido morto, também confirmou a informação à Rádio Caracol.

“As forças militares da Colômbia alcançaram um de seus objetivos militares mais importantes. Alfonso Cano foi abatido no departamento de Cauca”, disse o governador Mosquera.

Não há ainda detalhes sobre como foi operação que terminou na morte do chefe guerrilheiro, porém, se especula na Colômbia que sua morte teria acontecido há duas semanas, mas só agora foi confirmada plenamente a identidade do
rebelde.

‘Cadeia ou tumba’
O presidente da Colômbia, Juan Manoel
Santos, disse que a morte de Cano “foi o golpe mais contundente da história das
Farc -que foram enfraquecidas ao longo dos anos por uma série de vitórias das
autoridades colombianas.

O próximo Santos, ministro da Defesa no governo anterior de Álvaro Uribe,
deve em muito sua eleição ao sucesso das ações contra a guerrilha.

Ao falar sobre a morte de Cano, Santos também voltou a pedir para que os
guerrilheiros deixem a luta armada “ou vão terminar os dias na cadeia ou em uma
tumba”.

Segundo o ministro de Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, na ofensiva
contra Cano também foram capturados quatro guerrilheiros, entre eles o chefe de
segurança das Farc, “El Índio Efraín”. A ofensiva também teria matado uma
suposta companheira de Cano.

A captura de “El Indio” ocorreu na zona montanhosa entre os municípios de
Suárez e Buenos Aires, onde prosseguiam intensos combates entre tropas do
Exército e guerrilheiros das Farc.

Fundada em 1964 e hoje com cerca de 8 mil combatentes, as Farc também
perderam outros dois dirigentes históricos nos últimos anos: em março de 2008
Raul Reyes, morto em um ataque aéreo contra o território do Equador, e Ivan
Rios, assassinado por outro rebelde. Os dois integravam o bureau político das
Farc.

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