Do G1, em São Paulo

Nem a intervenção do Banco Central conseguiu impedir que o dólar voltasse a subir com força nesta quinta-feira (22).

A moeda norte-americana fechou vendida a R$ 1,90, com alta de 2,26% sobre o fechamento da véspera. É a maior cotação de fechamento desde setembro de 2009.

Durante a manhã, perto das 10h, a divisa chegou a subir 4,66%, a R$ 1,952 na venda.

Para interromper a disparada da moeda nesta quinta, o BC voltou a usar contratos de swaps tradicionais pela primeira vez desde junho de 2009.

(Veja no vídeo ao lado: Miriam Leitão explica os efeitos da alta do dólar na economia)

No início dos negócios, a moeda chegou a subir quase 5%. A disparada fez o BC intervir e realizar uma oferta de contratos de “swap cambial” tradicionais – que equivalem à venda de divisas no mercado futuro. Com a medida, a moeda chegou a cair, mas voltou a mudar de rumo no meio da tarde.

Do valor de até US$ 5,6 bilhões da oferta em contratos de “swap”, US$ 2,71 bilhões (cerca de metade da oferta), foram vendidos pelo BC. Esse tipo de operação, que tende a amenizar as pressões de subida do dólar no mercado à vista, não era realizado desde 26 de junho de 2009, quando o Brasil ainda sentia os impactos da primeira etapa da crise financeira internacional.

Comunicado do Fed
Com a piora das perspectivas da economia global sinalizada na véspera em comunicado do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, o medo de uma nova recessão no país volta à tona.

No comunicado divulgado junto a decisão de manutenção do juro, o banco central dos EUA notou que existem riscos de baixa significativos para a perspectiva econômica do país, ‘incluindo tensões nos mercados financeiros globais’.

Avisou ainda que vai continuar a prestar atenção de perto para a evolução da inflação e para as expectativas inflacionárias.

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