Do G1, em Brasília

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (21) projeto de lei que aumenta para até 90 dias o aviso prévio que o empregador deve conceder ao empregado demitido. Atualmente, quando a pessoa é demitida, deve permanecer no emprego por até 30 dias, independentemente do tempo de serviço.

Com a mudança, o aviso prévio será proporcional. O trabalhador com um ano de emprego mantém os 30 dias, mas para cada ano adicional de serviço, o aviso prévio aumenta em três dias, até o limite de 90, no total. Em caso de demissão voluntária, o empregado deve trabalhar pelo mesmo período ou indenizar a empresa, que também pode optar por liberar o empregado, sem ônus.

A proposta, com origem no Senado, será enviada à sanção da presidente Dilma
Rousseff, que pode vetar partes da nova lei. Neste ano, o Supremo Tribunal
Federal (STF) tratou sobre o tema, mas adiou, em junho, decisão sobre
mudanças.

A proposta aprovada nesta quarta tramita desde 1989, mas voltou à discussão
na Câmara em julho deste ano, com análise em várias comissões. Hoje, a matéria
entrou na pauta do plenário em regime de urgência e foi aprovado numa versão com
origem no Senado.

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho
da Força, presidente da Força Sindical, disse que o projeto teve o apoio de
todas as centrais sindicais. Ele disse que após receber o aval dos presidentes
das centrais sindicais, disse ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que o
projeto poderia ser aprovado.

“Foi uma vitória, foi uma grande conquista para os trabalhadores”, disse.

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