Graduados em Ciências Biológicas pela Uesb, Romário Melo e Charles Neris constroem um futuro acadêmico um pouco semelhante voltado para pesquisa. Mestres pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), os biólogos que começaram sua trajetória científica no grupo de pesquisa GenPlanta da Uesb, trabalhando com genética vegetal, fazem hoje PhD em Universidades da Europa.

Romário Melo é estudante da Ruhr-Universität Bochum, localizada na cidade de Bochum, sudoeste da Alemanha, e foca sua pesquisa em Biologia e Biotecnologia. Com dois projetos sendo desenvolvidos, ambos voltados para o estudo dos genes de plantas capazes de acumular metais tóxicos, o estudo reverte em uma política de aprimoramento dessas técnicas aqui no Brasil. “O treinamento de altíssimo nível, que pode voltar para a região Nordeste, especialmente o sudoeste baiano, é uma forma de aplicar conhecimentos para ajudar a resolver os diferentes problemas que afetam a agricultura, a biodiversidade e o equilíbrio ambiental”, revela Melo.

Norteando sua pesquisa em Genética Molecular de Plantas, na Universidade de Wageningen, localizada na Holanda, Charles Neris busca identificar e caracterizar genes que são regulados por plantas para adquirir maior eficiência na aquisição e utilização do fósforo. “Com o conhecimento gerado, futuramente poderemos melhorar geneticamente plantas para que sejam mais eficientes, reduzindo assim o impacto de fertilizantes no meio ambiente, especialmente na agricultura, que atualmente representa um problema de escala global”, explica Neris.

Entendendo o processo de incentivo a pesquisa desde a graduação, o estudo em Universidades da Europa é um passo adiante em torno da formação profissional e da valorização da ciência. Estar inseridos no contexto de pesquisa europeu é, como conta Neris, uma oportunidade de vivenciar o começo e o amadurecimento de um ramo da ciência biológica até então não visto no Brasil. “Treinamentos como esses nos ajudarão a implantar essas novas e promissoras linhas de pesquisa em nosso país em um futuro não tão distante”, expõe Neris.

O desejo de desenvolver esse “embrião da pesquisa”, que surgiu como estímulo no GenPlanta, coordenado pelo professor Antônio Carlos Oliveira, foi o ponta-pé inicial para a busca de novas experiências e curiosidades. “O curso de Biologia tem um quadro docente extraordinário, que promove o interesse dos alunos pelo conhecimento e pela pesquisa, o que contribui de forma significativa para a formação de professores/pesquisadores de altíssima qualidade. O GenPlanta vem sempre promovendo oportunidades de treinamento em elevado nível e volume de produção para os estudantes da Uesb”, defende Melo, que ainda ratifica a importância do aluno em buscar dentro da Universidade a melhor ponte para o crescimento profissional: “os que souberam aproveitar a oportunidade conseguiram aprovações nas melhores universidade do Brasil e da Europa”.

Fotos: Arquivo pessoal de Romário Melo

Assessoria de Comunicação da Uesb

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