Silvana Blesa/Tribuna

Agentes da Polícia Federal prenderam no país nove pessoas acusadas de aplicar golpes em instituições financeiras. A operação denomina de “Crédito Fácil” visava desbaratar uma quadrilha de estelionatários que deu prejuízo de mais de R$ 3,7 milhões às administradoras de cartão de crédito.
Durante a ação da polícia, realizada simultaneamente na Bahia, São Paulo, Distrito Federal e
Minas Gerais, foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão.
Em Salvador, o babalorixá Jadson de Santana Miranda, mais conhecido como “Pai Jadson de Oxóssi”, e Fernando Lima Calhal, 39 anos, foram detidos, acusados de integrar o bando com atuação comprovada pela polícia no Distrito Federal e outros 20 estados.
A prisão do pai-de-santo aconteceu em um apart-hotel em Ondina e a polícia ainda realizou
busca e apreensão no terreiro em que atua, na Barra. As investigações tiveram início em agosto de 2010 pela Delegacia de Repressão a Crimes Patrimoniais (Delepat), da Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo, depois que um grupo de estelionatários se deslocou da Bahia para o estado.

De acordo
com a polícia, a quadrilha ligava para os clientes das administradoras de cartão
de crédito ou das empresas de telefonia, se passando por empregados das empresas
com a finalidade de conseguir os dados que precisavam para articular as
fraudes.

De posse dos dados pessoais dos donos dos cartões (como CPF,
data de nascimento, nome completo, número do cartão e código de segurança), os
líderes da organização criminosa ligavam na central de atendimento de
tele-marketing das operadoras, fazendo-se passar por clientes.

Durante a
ligação, os criminosos verificavam o valor disponível para crédito, formas de
parcelamento, juros cobrados, e em seguida, faziam a solicitação do empréstimo,
informando uma outra conta para depósito que fora aberta com documentos falsos.
Os criminosos iam até a agência bancária e sacavam o crédito.

Os líderes
da Organização Criminosa já têm passagem pela polícia e foram autuados por
crimes de estelionato, falsificação e uso de documento falso. Jádson de Oxóssi
já havia sido preso por estelionato em 2009.

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