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As finais do principal torneio de clubes do Mundo costumam ser parelhas e disputadas. A decisão entre Barcelona e Manchester United foi assim. Até os 15 minutos. Depois, o clube catalão impôs seu ritmo de jogo e, com a genialidade de Messi, venceu por 3 a 1 e levou o quarto título da Liga dos Campeões da Europa.

Foto: AP Ampliar

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Se o jogo deste sábado em Wembley foi a “final da década”, como a imprensa e os treinadores Alex Ferguson e Pep Guardiola a batizaram, a tranquila vitória sobre o Manchester United, por 3 x 1, valeu também ao Barcelona uma espécie de título simbólico, o de grande equipe do futebol europeu no século 21. Os espanhóis se tornaram hegemônicos sobretudo nos últimos seis anos, quando ganharam por três ocasiões (2006, 2009 e 2011) o mais badalado torneio de clubes do mundo.

Desde que Guardiola assumiu a equipe principal, em junho de 2008, foram nada menos do que 10 triunfos em 13 competições disputadas. Wembley entendeu hoje por que é tão difícil batê-los. Atual campeão inglês, com nove pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Manchester United passou a maior parte da decisão acuado, com exceção dos primeiros 10 minutos, em que pressionou o adversário em seu próprio campo e o impediu de exercer o controle da partida, como faz habitualmente.

No papel, o time montado por Ferguson deveria neutralizar os “reis do passe”, especialmente Xavi e Busquets. Com isso, forçaria o Barcelona a recuar a saída de bola para os zagueiros e até mesmo para o goleiro Valdés. Em campo, no entanto, o Manchester United não conseguiu manter a aplicação tática inicial, foi se deixando envolver pelo time espanhol e, quando saiu o gol de Pedro, aos 27 do primeiro tempo, podia-se notar o que nem o melhor planejamento estratégico elimina: a brutal diferença de talentos individuais entre as duas equipes.

Messi (escolhido o melhor jogador da partida), Xavi, Iniesta e Busquets assumiram o meio-campo e nem mesmo o gol de Rooney, aos 34 do primeiro tempo, perturbou a serenidade barcelonista. Por boa parte do segundo tempo, o que se viu foi um jogo de ataque contra defesa – o Barcelona criando seguidas oportunidades, e o Manchester United se esforçando para chegar à prorrogação. Dois golaços – de Messi, aos 9 minutos, e Villa, aos 24 – levaram a nocaute a equipe de Ferguson, que tentou, sem sucesso, variar a formação tática inicial ao substituir Fábio e Carrick por Nani e Scholes, respectivamente.

No resultado agregado de finais da Liga dos Campeões contra o Manchester United, o Barcelona vence agora 5 x 1, somando os 3 x 1 de hoje com os 2 x 0 de Roma, em 2009 – um placar à altura de sua superioridade. Ressabiada, a torcida inglesa parecia desconfiar que o pior estava mesmo por vir. Ela demorou a entrar no estádio e, quando o fez, já o viu transformado em caldeirão catalão. Mesmo em maioria numérica, e em seu próprio país, jamais demonstrou confiança na vitória. Por que seus jogadores pensariam de outra forma?

Messi dispara e deixa Carrick e Vidic para trás no gramado do estádio Wembley
Foto: AP

Messi dispara e deixa Carrick e Vidic para trás no gramado do estádio Wembley

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