“Quando a chuva veio, uma lateral da minha casa desabou, abriu. Nem precisava você sair de casa para ver o pessoal andando na rua. As outras paredes racharam, a porta desabou, a fossa também e o alicerce ficou todo destruído porque a casa era de adobe. Aí o volume de água saía todo para o lado e tudo rachou, principalmente, o quarto dos meninos. A casa ficou em perigo, feia mesmo”, descreve a dona de casa, de 31 anos, Elizabete da Conceição (foto 1, à esquerda).
Outra moradora da mesma casa, Joelma Alves (foto 2, à direita), de 28 anos, conta que quando chovia, uma revezava com a outra para colocar estruturas que sustentassem a parede e fizessem a água escorrer. “Era muita rachadura, os meninos não dormiam. Às vezes, a gente ia pra casa dos vizinhos ou ficava todo mundo num quarto só com medo da casa desabar”, lembra.
Mas, a partir de agora, essas tristes lembranças ficaram no passado e a felicidade voltou a estar estampada nos sorrisos de cada uma delas. Graças à Defesa Civil de Vitória da Conquista, estas moradoras e mais 31 famílias do bairro Bruno Bacelar – zona oeste do município – que tiveram suas residências prejudicadas pelas chuvas, receberão da Prefeitura Municipal suas casas totalmente reformadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento/PAC. As obras estão em fase de finalização.
“Quando chegamos aqui, a casa de dona Elizabete, por exemplo, estava em total situação de risco, com um lado da casa desabado. Procuramos dar os encaminhamentos necessários para não deixar essa e nem outras famílias nesta situação. Então, através da Secretaria Municipal de Infraestrutura, conseguimos reformá-las através do PAC”, relata, satisfeita, a coordenadora municipal da Defesa Civil, Rosângela Freitas.
E satisfação é o que não falta também para as moradoras. Para dona Luiza Silva (foto 4, à direita), uma das mais antigas moradoras do Bruno Bacelar, “a casa, agora melhorou muito, principalmente, porque não tem mais perigo”. Ela afirma que os seis moradores da nova residência aprovaram: “todo mundo gostou”.
Somada a toda essa alegria, elas compartilham a ansiedade e a certeza de dias melhores: “Ver minha casa reformada é uma garantia de segurança para meus cinco filhos. Eu já estou ‘doida’ para mudar logo. Estou muito feliz”, comemorou dona Elizabete. “A diferença para o que era antes e como está hoje é muito grande. A casa está ficando muito boa. Agradeço muito a todos. Assim que estiver pronta vou fazer uma feijoada para comemorar”, avisa dona Joelma.
Melhorias continuam – Priorizando sempre o ser humano, o Governo Municipal dedica atenção especial aos moradores vítimas dos transtornos causados pelas chuvas no município. “O prefeito Guilherme Menezes sempre está dando atenção e respostas imediatas às demandas apresentadas pela Defesa Civil”, afirma a coordenadora Rosângela.
Além destas 32 casas, mais 154 serão reformadas graças aos recursos obtidos pelo prefeito Guilherme junto ao Ministério da Integração, em novembro do ano passado. Também terão 12 reconstruções, além de oito casas beneficiadas com recursos próprios do município. As intervenções estão previstas para as zonas urbana e rural do município.
Procedimentos – Quando o morador perceber, por exemplo, rachaduras na casa ou situações que ponham em risco a vida da própria família, como o desabamento de uma parede, ele deve procurar a Defesa Civil, através do 199. Em seguida, uma equipe será deslocada para o local para verificar a situação. Após o levantamento, a Defesa Civil irá analisar se a família está em situação de risco, para que, a partir daí, sejam dados os encaminhamentos.
Medidas preventivas e conscientização – Apesar de desempenhar um trabalho fundamental junto à
população, a equipe da Defesa Civil ainda encontra algumas resistências: pessoas que mesmo em situação de risco insistem em continuar nas suas residências, já notificadas pelo órgão. “Por isso, nós, continuamente, fazemos um trabalho de conscientização”, garante a coordenadora Rosângela.
Outro aspecto importante, lembrado pela coordenadora diz respeito às medidas preventivas que os moradores devem adotar de modo a evitar novos transtornos em decorrência das chuvas e maiores prejuízos. “Um apelo que a Defesa Civil faz para a população em geral é estar sempre atenta a residência, as rachaduras, porque os problemas começam com as pequenas rachaduras que tomam uma proporção grande e coloca o imóvel em risco”, alerta.
Foi o que aconteceu com uma das moradoras do bairro Bruno Bacelar, que também foi atendida pela ação da Defesa Civil, a senhora Neuza Barros (foto 5, à direita). Ela já comprou o imóvel repleto de rachaduras. “Moro aqui há quatro anos. Quando mudei para essa casa ela já estava toda rachada, e aí quando a chuva veio piorou ainda mais. Teve problema com o alicerce, telhado caiu”, conta. Mas, agora, dona Neuza fala orgulhosa: “agora não, está tudo certo. Quando a chuva vier, com fé em Deus não vai cair mais”. SECOM