JAPÃO (*) – Os sobreviventes do tsunami no Japão estão vivendo cada dia com medo, pois enfrentam o risco de explosões nas usinas nucleares, a escassez de alimentos, água potável e abrigo além  das baixas temperaturas.
Uma equipe de ajuda emergencial que está no local descreve o ambiente com o “cheiro do medo pairando no ar pesado”. A Operação Blessing é a primeira organização não governamental americana a chegar ao Japão e em parceria com a CRASH (Assistência Apoio e Esperança Cristã).
Emergência em ajudar
Desde terça-feira os trabalhadores humanitários distribuem água potável, que no momento é uma das necessidades mais fundamentais.
As equipes de avaliação da Visão Mundial no Japão informaram nesta segunda-feira que os trabalhadores previam atender inicialmente 6.000 pessoas na cidade de Tome, a cerca de 190 quilômetros de Sendai – a cidade mais atingida.

“A situação é, compreensivelmente, muito caótica,” disse Ban Kenjiro, diretor da Visão Mundial do Japão para assuntos humanitários e de emergência. “Tenho servido em programas de resposta a desastres no Quênia, Sudão, Índia, Paquistão, Mianmar e Haiti e as necessidades que estou vendo no meu país são tão ruins como qualquer coisa que eu já vi.”

Enquanto isso, a Samaritan”s Purse, cujo presidente é Franklin Graham, têm se organizado para transportar materiais de emergência, incluindo kits de higiene, cobertores, plásticos e sistemas de filtração de água para os parceiros locais da Igreja japonesa distribuir.

A situação do Japão tem mobilizado pessoas, organizações e agências de diferentes formas, mas em prol da população.

A Igreja Luterana – Sínodo de Missouri (LCMS) disponibilizou uma verba inicial de 200.000 dólares para dois órgãos da Igreja Luterana no Japão, para serem utilizados para ajudar a sanar os prejuízos causados pelos desastres.

Mortes

A Agência de Polícia Nacional do Japão anunciou na terça-feira que o número oficial de mortos pelo tsunami subiu para 2.414. Outros 3.118 estão desaparecidos e 1.885 estão feridos. O número não inclui milhares de mortes esperadas pela prefeitura de Miyagi (estado). No domingo, o chefe de polícia de Miyagi disse que o número de mortes provavelmente chegue a mais de 10.000 somente na província.

O terremoto de 8,9 graus de magnitude na sexta-feira é relatado como o quinto terremoto mais forte a atingir o mundo desde 1900 e o pior na história japonesa.

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