Solange Spigliatti – Central de Notícias

SÃO PAULO – Seis detentos da Delegacia Regional de Pinheiro, no interior do Maranhão, envolvidos com crimes de pedofilia, foram mortos durante a rebelião iniciada na noite desta segunda-feira, 7, após um tentativa de fuga frustrada. A polícia conseguiu conter os presos por volta das 16h.

Entre os presos mortos, segundo informações da administração estadual, está José Agostinho Bispo, conhecido como o monstro de Pinheiro. Bispo, de 55 anos, foi condenado a 63 anos de prisão por ter abusado sexualmente das duas filhas em Pinheiro. Ele teve oito filhos com elas e foi preso em 8 de junho. Ele também foi condenado por ter abusado sexualmente das filhas-netas, de 5 e 6 anos.

Com requintes de crueldade, os presos mataram e decapitaram quatro dos presos assassinados e penduraram as cabeças nas grades das celas. Entre as reivindicações dos rebelados, está o fornecimento de comida caseira, já que a maioria deles é da cidade de Pinheiro e quer receber comida de casa.

Superlotada, a cadeia tinha capacidade para abrigar 30 presos em quatro celas mas ali estavam 97 detentos. A própria delegada responsável pela carceragem, Laura Amélia Barbora, atribuiu o motim a superlotação da cadeia. “O clima foi tenso e os presos sempre ameaçavam matar mais pessoas”, disse a delegada em entrevista a uma rádio local.

O secretário adjunto de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, Laércio Costa; o comandante geral da PM, coronel Franklin Pacheco, e o superintendente de Polícia Civil do Interior, Jair Lima de Paiva, estiveram no local, na comissão de negociação com os presos, acompanhados de um juiz e 2 promotores de Justiça da comarca de Pinheiro, além de um pastor que foi solicitado pelos presos.

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