Ascom/Adusb
Foto: Arquivo

Os docentes da Uesb só iniciarão as atividades do período letivo 2011.1 caso o reitor compareça a uma Assembleia Geral e se prontifique a atender as reivindicações apresentadas pela Associação dos Docentes (ADUSB) através da Pauta Interna, em novembro do ano passado. A Pauta Interna é o conjunto de reivindicações entregue pelos docentes à administração da instituição, e está dividida em Condições de Trabalho, Questões Institucionais e Questões Trabalhistas.

A decisão foi tomada quarta, 02, em Jequié, na primeira Assembleia Geral deste ano,  e, em caso de negativa, o início das aulas na próxima semana (14/02) será suspenso. A categoria cobrou respostas concretas e objetivas, bem como um calendário de atendimento das reivindicações, por entender que as condições de trabalho na universidade estão cada vez mais degradantes e a Reitoria não tem envidado esforços suficientes para resolvê-los.

Desde que a Pauta Interna foi apresentada, a reitoria recebeu o sindicato em duas oportunidades, mas em nenhum momento assegurou a solução das demandas apresentadas. Com o início do primeiro semestre letivo 2011, e a continuidade dos problemas, a categoria decidiu pelo não retorno às atividades acadêmicas. “A deliberação reflete a insatisfação da categoria quanto à morosidade da reitoria em resolver os problemas que há algum tempo vem afligindo o trabalho docente. É importante que a reitoria se posicione de forma clara e também pressione o governo para agilizar os problemas dos processos da Mudança de Regime de Trabalho – DE, Promoção e Progressão”, avalia o presidente da ADUSB , Alexandre Galvão.

Além das questões relacionadas à administração da universidade, os professores também voltaram a discutir o andamento da Campanha Salarial. A clausula imposta pelo governo para a assinatura do Termo de Acordo Magistério Superior pela incorporação da gratificação da Condição Especial de Trabalho (CET), fruto da Campanha Salarial desenvolvida desde novembro de 2009, também gerou uma grande inquietação na categoria. Após diversas reuniões, no momento final o governo decidiu incluir uma clausula na qual condiciona a vigência das reivindicações salariais a serem acordadas em Mesa Setorial no período de 2011 a 2014, para a partir de 2015. A decisão do governo, no entanto, é vista como uma tentativa de engessar a luta sindical por quatro anos e, por este motivo não foi aceito pelo Movimento Docente.

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