O preço da cesta básica teve alta no mês de janeiro em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (4).

As principais elevações ocorreram em Brasília, com aumento de 9,41%, Fortaleza, com alta de 5,25%, Rio de Janeiro, alta de 3,94%, e Aracaju, elevação de 3,91%.

As três cidades onde os preços caíram foram Curitiba, com queda de 2,79%, São Paulo, com redução de 1,47%, e Recife, queda de 0,32%.

Tomate pressiona alta
O tomate foi o produto que mais pressionou os preços da cesta básica em janeiro e subiu em todas as 17 capitais, na maior parte delas com variações expressivas.

Dezesseis capitais apresentaram alta no preço do óleo de soja, com as maiores variações anotadas em Florianópolis (12,77%), Manaus (8,27%) e Natal (7,89%).

O preço da banana subiu em 12 cidades em janeiro, principalmente em Goiânia (23,88%), Porto Alegre (12,35%) e Brasília (12,09%).

Preço do feijão cai
Por outro lado, o preço do feijão caiu em todas as 17 capitais, em janeiro, com taxas negativas variando entre queda de 3,84% em Aracaju e de 27,29% em Recife.

Doze localidades registraram redução no preço do arroz em janeiro, com quedas que variaram de 0,50% em São Paulo a 6,43% em Natal.

A carne, item de maior peso na cesta básica, registrou recuo de preços em 11 capitais. Curitiba, com queda de 6,75%, Vitória, com redução de 4,43%, e São Paulo, com recuo de 4,11%, tiveram as quedas mais expressivas

Valor da cesta
Mesmo registrando retração, a capital paulista apresentou o maior valor da cesta básica, a R$ 261,25, seguida de Manaus, a R$ 255,80, e de Brasília, a R$ 255,65, diz o Dieese.

O comportamento dos preços em janeiro resultou em uma aproximação do custo total da cesta. Em seis localidades, os valores ficaram acima de R$ 250.

Apenas em Aracaju os produtos básicos custaram menos de R$ 200, onde o preço da cesta básica ficou em R$ 182,76. Em três outras capitais o custo foi inferior a R$ 210: João Pessoa, a R$ 200,21, Recife, a R$ 204,85, e Salvador, a R$ 209,49.

Variações acumuladas
Todas as 17 capitais pesquisadas apresentaram em janeiro variações acumuladas, em 12
meses, positivas, diz o Dieese.

Apenas duas localidades registraram alta abaixo de 10%: Porto Alegre (7,67%) e Aracaju (8,06%). Por outro lado, em três cidades o aumento superou 20%: Fortaleza (23,08%), Goiânia (20,97%) e Natal (20,28%).

Salário mínimo
Para comprar os alimentos essenciais, um trabalhador que ganha salário mínimo precisou
cumprir, em janeiro, na média das 17 capitais, 95 horas e 3 minutos.

Apesar da predominância de aumento no custo da cesta, o tempo de trabalho caiu em mais de 3 horas em relação ao mês anterior (atingia 98 horas e 11 minutos em dezembro de 2010) devido ao reajuste de 5,88% no salário mínimo. No entanto, a jornada necessária foi bem maior do que em janeiro de 2010, quando correspondia a 86 horas e 48 minutos. Do G1

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