Depois de tourear o PMDB, Dilma Rousseff deseja se acertar, nesta quarta (8), com o PSB do governador pernamucano Eduardo Campos.

 O partido repassou a Dilma, na semana passada, nomes para três ministérios: Integração Nacional, Turismo e Secretaria de Portos.

 Dilma esboça concordância com duas das indicações. Excluiu da lista a pasta do Turismo, negociada com o PMDB, e impôs ao partido um nome de sua escolha.

 Na Integração, deve ser acomodado, como deseja Campos, o atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra.

 

Na Secretaria de Portos, deve ser mantido Pedro Brito, técnico ligado a Ciro Gomes (PSB-CE).

Em lugar do Turismo, para cuja cadeira o PSB indicara o deputado Márcio França (SP), Dilma oferece o Ministério das Micro e Pequenas Empresas.

Em vez de França, Dilma “sugere” a nomeação do senador Antonio Carlos Valadares, do PSB de Sergipe.

Guindado-se Valadares à Esplanada, abre-se a oportunidade para que assuma sua cadeira de senador o primeiro suplente.

Quem é o suplente de Valadares? José Eduardo Dutra, presidente do PT federal. Vai ao Senado sem ter recebido um mísero voto.

O PSB não se opõe à troca de uma cadeira de senador por uma poltrona de ministro. Mas imaginava extrair do arranjo uma quarta pasta.

Na conta do partido, além dos três ministérios que reivindicava, Valadares viraria ministro na “cota pessoal” da presidente eleita.

Na contabilidade de Dilma, a hipótese de o PSB colecionar quatro ministérios está descartada.

No mais, ela revela-se decidida a nomear Valadares. Não parece preocupada com a qualificação da escolha –“cota pessoal” ou “cota partidária”.

O que importa é o resultado. Imagina que, levado ao Senado, Dutra exercerá papel de liderança na bancada do PT e fora dela.

Eduardo Campos voou de Pernambuco para Brasília nesta terça (7). Dividiu a mesa do jantar com o grão-tucano Aécio Neves.

Dormiu na Capital. Nesta quarta (8), deve encontrar-se com Dilma.

Da Folha

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