Folha de S. Paulo

Braço da CNBB distribui panfleto anti-Dilma a fiéis

Um panfleto assinado por um braço da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) recomendando que fiéis contrários à legalização do aborto não votem no PT foi distribuído ontem, em Aparecida (SP) e Contagem (MG), antes e durante missas em homenagem ao Dia de Nossa Senhora Aparecida.

O documento atribui posições pró-aborto ao PT, ao governo federal e, apesar de não citá-los nominalmente, ao presidente Lula e à presidenciável Dilma Rousseff.

Trata-se do mesmo panfleto que já havia circulado entre fiéis durante o primeiro turno e no dia das eleições.

O texto é assinado pelos bispos da Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, responsável pelo Estado de São Paulo.

Weslian usa sermão de padre contra PT em programa de TV

Candidata ao governo do Distrito Federal, Weslian Roriz (PSC), mulher do ex-candidato Joaquim Roriz, usou em seu programa eleitoral gratuito o sermão do padre José Augusto, da TV católica Canção Nova, que foi considerado ofensivo pelo PT.

Em homilia televisionada, o padre diz que não pode apoiar o PT, pois o partido apoia o aborto. “Podem me matar, podem me prender, podem fazer o que quiser, mas eu não posso me calar diante de um partido que está apoiando o aborto, e a igreja não aprova. Porque eu sou a favor da vida”, diz.

No programa da candidata, após a fala de José Augusto, vem o apelo: “Vote pela vida, vote Weslian Roriz”.

Serra diz que governo levou o tema aborto à campanha

O candidato a presidente José Serra (PSDB) negou que o tema da religiosidade esteja sendo banalizado na campanha e afirmou ontem que foi o 3º PNDH (Plano Nacional de Direitos Humanos), patrocinado pelo governo federal, que levou o aborto a ser tema da campanha.

“Esse PNDH é a base de muitas das polêmicas que tiveram sequência a respeito de valores, de religiosidade e tudo o mais”, afirmou o candidato tucano, após participar, em Aparecida (SP), de missa solene em homenagem à padroeira do Brasil.

O tucano disse que o tema é uma demanda da sociedade e que não foi sua campanha quem o levou ao centro do debate político desde a reta final do primeiro turno.

Biografia de Dilma na TV agora cita “sólida formação religiosa”

A biografia de Dilma Rousseff mostrada em seu programa na TV foi editada para incluir menções à religião.

No programa de domingo passado, reprisado ontem, o locutor apresenta Dilma como “filha da professora Dilma Jane e do imigrante búlgaro Pedro Rousseff, que lhe transmitem uma sólida formação moral e religiosa”.

A estrutura é idêntica à do filmete de estreia da petista no horário eleitoral, em 17 de agosto: narração cronológica ilustrada por fotos de família.

Dilma afirma que não é “agressiva”, e sim “assertiva”

Dando sequência ao discurso de seu comando de campanha, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff , disse que não está sendo agressiva, e sim “assertiva” em defesa própria.

Dilma buscou justificar a nova retórica mais uma vez lembrando do caso de Monica Serra, a mulher do adversário, José Serra (PSDB).

Numa conversa com um eleitor, Monica teria dito que a petista defendia “matar criancinhas”, referência à defesa que Dilma fez da legalização do aborto -abandonada na campanha.

“Fui atacada de forma clara. Quem deixou claro que eu estava sendo atacada foram até vocês [jornalistas], que registraram em todos os jornais há um mês a fala da senhora Monica contra mim.”

Serra defende ex-diretor acusado por PT de caixa 2

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, saiu ontem em defesa do ex-diretor de engenharia da Dersa (empresa estatal paulista responsável por obras viárias) Paulo Vieira de Souza.

Conhecido como Paulo Preto, o engenheiro foi citado pela candidata Dilma Rousseff (PT) no último domingo, durante debate na Band.
Baseada em reportagem publicada pela revista “IstoÉ”, a petista afirmou que ele “fugiu” com R$ 4 milhões originalmente destinados por empresários à campanha de Serra.

Serra foi defensor de privatização da Vale, diz FHC em vídeo na web

No calor da disputa eleitoral, circula na internet uma entrevista em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma que o hoje candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi um dos que mais lutaram pela privatização da Vale do Rio Doce.

O vídeo reproduz trecho da entrevista de FHC ao portal da revista “Veja”. Nela, ele admite que “tinha resistência psicológica” à venda da Vale, ocorrida em 1997. A entrevista foi exibida em novembro de 2009.

Lula estuda demitir cúpula dos Correios

O governo estuda demitir a cúpula dos Correios, indicada em agosto pela ex-ministra Erenice Guerra (Casa Civil), e só não o fez ainda porque avalia o impacto da medida na candidatura de Dilma Rousseff (PT) ao Planalto.
Erenice, que caiu em meio à revelação de que seu filho integrava um esquema de lobby dentro da Casa Civil, era braço direito de Dilma. A revelação foi um dos fatores determinantes para a perda de votos da petista na reta final do primeiro turno.

O Planalto avalia a demissão do presidente da estatal, David José de Matos, e do diretor comercial, Roberto Takahashi, ligados a Erenice.

Greenpeace quer debate sobre temas ambientais

O Greenpeace vai propor um debate focado em temas ambientais entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). A ideia é convidá-los a confrontar propostas e opinar sobre assuntos como a reforma do Código Florestal e o uso de fontes renováveis de energia.
Para a ONG, os dois candidatos querem atrair eleitores de Marina Silva (PV), mas ainda não disseram o que pensam sobre as bandeiras que ela defende.

“Até aqui, só ouvimos propostas vagas. Não está claro para o eleitor o que eles de fato querem fazer”, diz o diretor-executivo do Greenpeace, Marcelo Furtado.

Os ambientalistas pretendem aproveitar a disputa pelos votos de Marina para arrancar compromissos dos presidenciáveis com a agenda da sustentabilidade.

“Não basta dizer que é ambientalista desde criancinha. É preciso se comprometer”, diz o diretor do Greenpeace.
A proposta do debate será discutida com outras ONGs e deve ser apresentada nos próximos dias às campanhas de Dilma e Serra.

O Globo

Serra nega que religião na campanha seja estratégia

O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, negou nesta terça-feira que as discussões religiosas neste segundo turno da disputa presidencial entre ele e Dilma Rousseff (PT) sobre a descriminalização do aborto tenham surgido por estratégia eleitoral.

“A questão da religiosidade foi introduzida pelas pessoas. Não foi introduzido por partidos nem por candidatos”, disse Serra a jornalistas no Santuário Nacional em Aparecida, no interior de São Paulo.

“Eu acho que ao lado de debates sobre educação, saúde, emprego, economia forte, desenvolvimento, segurança, nós temos também que falar sobre os nossos valores”, acrescentou.

Serra esteve presente em missa em homenagem à padroeira do Brasil. O tucano estava acompanhado do governador eleito por São Paulo, o companheiro de partido Geraldo Alckmin, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e de seu vice Indio da Costa (DEM).

PT recorre ao TRE-DF contra propaganda de Weslian Roriz

O PT e a coligação que apoia a candidatura do petista Agnelo Queiroz ao governo da capital federal pediram que Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal lhes conceda direito de resposta, no programa eleitoral de sua adversária do PSC ,Weslian Roriz.

O PT/DF e Agnelo questionam, em quatro ações, afirmações feitas pelo programa da candidata Weslian de que o partido é a favor do aborto.

Também criticam a veiculação de depoimento do padre José Augusto, da Canção Nova, no qual o padre faz afirmações e vincula o PT à defesa do aborto.

Nas representações, o PT e a coligação de Agnelo argumentam que a campanha de Weslian Roriz, ao afirmar que o partido é a favor do aborto, tenta “criar estado mental e emocional artificial”. A lei eleitoral veda este tipo de conduta por parte dos candidatos.

Horário de verão começa em 11 estados no dia 17

Começa no primeiro minuto deste domingo o horário de verão. Moradores dos 11 estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, incluindo o Distrito Federal, terão de adiantar seus relógios em uma hora.

A medida vale até 20 de fevereiro e não atinge os estados do Norte e do Nordeste.

O horário de verão deve trazer uma redução de 5% no consumo de energia do país. Com forte impacto no horário de pico, a medida, neste ano, deverá promover, segundo o governo federal, uma economia de R$ 2,2 bilhões.

A mudança do horário diminui o carregamento nas linhas de transmissão, nas subestações e nos sistemas de distribuição, para que o fornecimento, em épocas de maior consumo, seja mais eficiente.

O Estado de S. Paulo

Serra defende aliado acusado por Dilma

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, saiu ontem em defesa do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza e classificou como “fantasiosas” informações de que ele teria arrecadado R$ 4 milhões para a campanha presidencial do PSDB e depois desaparecido com o dinheiro.

Durante o debate da TV Bandeirantes de domingo, a candidata do PT, Dilma Rousseff, mencionou o engenheiro. Disse que ele “fugiu” com recursos supostamente arrecadados para custear a campanha tucana, conforme reportagem da revista IstoÉ, em agosto.

Após participar de missa na Basílica de Aparecida, Serra defendeu o ex-diretor da Dersa, um dos responsáveis pelas obras do Rodoanel na sua gestão no governo paulista e exonerado do cargo quando Alberto Goldman (PSDB) assumiu o Palácio dos Bandeirantes, em abril deste ano.

“Isso não é verdade. Ele não fez nada disso, ele é totalmente inocente nessa matéria”, disse o tucano, que ainda chamou Paulo Souza, conhecido como Paulo Preto, de “competente”.

“A relação que eu sempre tive com a Dersa, com a área de transportes, era através do secretário ou do presidente da empresa. Evidente que eu sabia do trabalho do Paulo Souza, que é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de engenheiro do ano, no ano passado. Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo”, completou o candidato.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada ontem, o ex-diretor da Dersa fez ameaças veladas ao PSDB e cobrou do candidato tucano que o defendesse das acusações de Dilma. “Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”, declarou Souza.
Dilma vai a evangélicos fazer voto antiaborto

Dilma vai a evangélicos fazer voto antiaborto

Alvejada pela polêmica do aborto no primeiro turno da disputa, Dilma Rousseff (PT) vai garantir hoje a líderes evangélicos de todo o País que, se for eleita, não enviará ao Congresso projeto de lei para legalizar a interrupção da gravidez. Mais: a candidata do PT à Presidência reafirmará, no encontro, o que classifica como “compromisso de fé” com a liberdade religiosa.

A reunião entre Dilma e os evangélicos foi preparada sob medida pela coordenação da campanha para estancar a sangria de votos entre cristãos e tentar pôr um ponto final na guerra santa em que se transformou a corrida ao Planalto. O encontro ocorrerá em um hotel de Brasília e deve contar com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na hora do almoço.

Dois dias após visitar o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, onde rezou e conversou com católicos, Dilma fará agora um afago aos evangélicos. O PT avalia que subestimou a questão do aborto no primeiro turno e não quer deixar a polêmica crescer.

Na tentativa de enfrentar o problema, a coordenação da campanha de Dilma foi remontada para dar assento a políticos que integram a Frente Parlamentar Evangélica ou são próximos à Igreja Católica. São eles que farão a interlocução com bispos, padres e pastores e atuarão como porta-vozes da candidata.

Arcebispo de Brasília critica petista

O casal Joaquim e Weslian Roriz (PSC) e a candidata Dilma Rousseff (PT) foram ontem os alvos principais do arcebispo de Brasília, d. João Braz de Aviz, durante missa para Nossa Senhora Aparecida. O arcebispo elogiou a Lei da Ficha Limpa, considerando-a “vitoriosa” por impedir que políticos de ficha suja concorram ou continuem com suas campanhas. D. João Braz ainda criticou candidatos e partidos que, após caírem nas pesquisas, afirmam “o contrário do que há pouco afirmavam” em torno de questões religiosas e “valores decorrentes”, como o aborto.

Ao se referir à incoerência política, ele afirmou: “Agora, com o perigo de ver seus índices de pesquisa caírem, de repente o assunto religião e seus valores decorrentes, como a defesa da vida, moveu candidatos e partidos a afirmarem o contrário do que há pouco afirmavam”, disse o arcebispo durante homilia para cerca de 90 mil pessoas, realizada na Esplanada dos Ministérios.

O arcebispo de Brasília disse esperar que os políticos vencedores das eleições se lembrem de que “mais de 90% dos brasileiros são identificados com os valores da fé cristã”. “É muito bom que os eleitos não esqueçam outro dado que emergiu no debate político: 71% dos brasileiros são contra o aborto”, prosseguiu, sob aplausos do público.

A pregação do arcebispo dirigiu-se indiretamente à candidata petista Dilma Rousseff, que não compareceu à missa. A presidenciável disse, em 2007, que era a favor da descriminalização do aborto, mas adotou um discurso menos controverso depois que começou a enfrentar a contestação de lideres religiosos e manifestação de eleitores.

PT escala Minc para conquistar apoio de Marina

Em busca dos eleitores de Marina Silva (PV) ligados a questões ambientais, o PT encomendou ao ex-ministro Carlos Minc um conjunto de propostas para reforçar o programa de governo da candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff.

Minc elaborou um documento com oito tópicos relacionados ao desenvolvimento sustentável e à preservação da natureza, como a redução de impostos para equipamentos geradores de energia limpa e a revisão da anistia a desmatadores proposta no projeto de reformulação do Código Florestal.

A avaliação da campanha petista é de que boa parte dos 19% dos votos obtidos por Marina no primeiro turno está ligada aos ideais verdes – apesar de o crescimento da candidata do PV nas últimas semanas de campanha ter sido impulsionado por questões ligadas à religião e ao aborto.

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