Ativista rasga um retrato do líder norte-coreano Kim Jong-il em protesto ao padre que viajou sem autorização para a Coreia do Norte.
As autoridades de Seul detiveram nesta sexta-feira o reverendo e ativista sul-coreano Han Sang-ryul na zona fronteiriça de Panmunjom logo após seu retorno de uma viagem não autorizada à Coreia do Norte, informou a agência local Yonhap.
Segundo o Ministério da Unificação da Coreia do Sul, o reverendo cristão Han, membro de um grupo progressista favorável à unificação coreana, “foi posto sob custódia e entregue às autoridades” ao atravessar a linha que divide as duas Coreias.
O retorno de Han foi amparado com manifestações dos dois lados da fronteira, com mostras de apoio na fronteira norte-coreana, enquanto entre os sul-coreanos houve divisão de opiniões em sua recepção em Dorasan, última estação de trem na Coreia do Sul antes do país vizinho.
O reverendo viajou de avião a Pyongyang em 12 de junho para participar do décimo aniversário da histórica cúpula entre o líder norte-coreano, Kim Jong-il, e o então presidente sul-coreano, Kim Dae-jung, e permaneceu na Coreia do Norte durante 70 dias.
A Coreia do Sul não permite viagens de seus cidadãos ao país vizinho a não ser que sejam autorizados previamente. Os cidadãos que descumprem a medida, assim como aqueles que declaram publicamente apoio ao regime comunista de Pyongyang, podem ser punidos com penas de prisão.
Durante sua estadia, que durou cinco dias além do previsto, Han fez declarações contra a política do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, se reuniu com o “número dois” do regime norte-coreano, Kim Young-nam, e expressou seu apoio à Coreia do Norte.
Segundo a agência estatal norte-coreana KCNA, uma multidão se despediu de Han nesta sexta-feira antes que ele partisse rumo à região fronteiriça de Panmunjom com uma bandeira a favor da unificação na mão.
Em seu retorno, Han esteve acompanhado de aproximadamente 200 norte-coreanos que gritaram slogans a favor de uma só Coreia, segundo a Yonhap.
Além disso, centenas de sul-coreanos opositores e simpatizantes do reverendo se concentraram nas cercanias da zona desmilitarizada que divide as duas Coreias para manifestações.
As relações entre as duas Coreias pioraram desde a chegada à Presidência sul-coreana do conservador Lee Myung-bak, em fevereiro de 2008, o que limitou o tráfego de pessoas entre os dois países ao complexo industrial fronteiriço de Kaesong.
As duas Coreias estão tecnicamente em guerra desde que o enfrentamento armado que aconteceu entre 1950 e 1953 foi encerrado com a assinatura de um armistício em vez de um tratado de paz.

Terra/Notícias Cristãs

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