Imprensa PMDB

Uma parceria sólida entre o Estado, as instituições filantrópicas e a rede privada foi uma das soluções apresentadas pelo candidato do PMDB ao Governo do Estado, Geddel Vieira Lima, para garantir o atendimento eficiente na área de saúde na Bahia. Ele participou nesta quarta-feira (19), em Salvador, do Ciclo de Debates Políticos, promovido por entidades médicas e se mostrou preocupado com a crise enfrentada pelos hospitais filantrópicos, como a Santa Casa da Misericórdia de Itabuna, ameaçada de fechar as suas unidades em 30 dias, por conta do baixo valor do repasse de recursos feito pelo Governo do Estado.

“Quero deixar as portas abertas para a rede privada e filantrópica. Não tenho nenhum tipo de preconceito com parcerias com esse segmento, ao contrário do atual governo do estado”, disse Geddel, que participou do encontro acompanhado pelos candidatos ao Senado, César Borges (PR) e Edvaldo Brito (PTB); os candidatos a deputado federal Colbert Martins (PMDB), Sandoval Guimarães (PMDB) e Orlando Colavolpe (PR), e os candidatos à deputado estadual Fabíola Mansur (PSB) e Miguel Lessa (PR).

No encontro, o candidato fez uma exposição do seu programa de governo para o setor de saúde, apresentando as propostas com as quais pretende solucionar o déficit de atendimento, inclusive os de alta complexidade, existente hoje em todo o Estado. Para ele, o grande entrave da prestação de um serviço hospitalar de qualidade é a incapacidade de gestão por parte do atual Governo e propôs, entre as soluções, a adoção de um plano de cargos e salários para os profissionais de saúde, na rede pública; ampliação do Programa de Saúde da Família (PSF) para 80% da população e a implantação do cartão estadual do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em relação à rede física, o candidato do PMDB avaliou que “mais importante que construir novos hospitais é tornar eficiente os que existem”, discordando da avaliação de que faltam leitos para atender a demanda na Bahia. O que ocorre, em sua opinião, é a incapacidade do governo em disponibilizar o que existe, seja pela ineficiência do serviço de regulação, ou por não estabelecer uma parceria efetiva com a rede privada e os hospitais filantrópicos.

Em Itabuna, os hospitais Calixto Midlej, Manoel Novaes e São Lucas, todos pertencentes à Santa Casa, ameaçam paralisar o atendimento em 30 dias, por conta do baixo valor dos repasses do Estado para o custeio dos serviços de alta complexidade. Juntas as unidades atendem mensalmente a 50 mil pessoas.

“Infelizmente, Itabuna não é uma exceção. A situação enfrentada pela saúde na Bahia é de extrema gravidade, em todo o Estado”, afirmou Geddel.

O candidato peemedebista falou ainda da estruturação de unidades de cuidados paliativos em hospitais de grande porte do estado; da abertura de linha de crédito especial para financiamento de equipamentos e apoio aos municípios na contratualização da rede. “Outra medida necessária é que o secretário da Fazenda sente com os empresários do setor para redefinir os pagamentos de impostos atrasados. E a partir daí, e de forma seletiva, fazer a redução de alíquotas e até isenções em alguns casos. Tudo isso servirá de estímulo ao setor”.

Uma política de compensação do ICMS também foi citada por Geddel, além da expansão e melhoria da remuneração dos serviços prestados pelo Planserv: “Precisamos qualificar o sistema de fiscalização e dialogar com o secretário da Fazenda para rever os valores do Planserv”.

Para o presidente da Associação dos Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia, Marcelo Britto, o candidato do PMDB “expôs de forma muito clara, honesta e aberta, as suas propostas, coadunando, inclusive com o pensamento das instituições hospitalares em relação ao que desejamos, não para as instituições médico-hospitalares, mas em relação à saúde pública”.

O senador César Borges enfatizou que, na Bahia, os problemas na área de saúde são grandes, e exemplificou com matérias publicadas em jornais baianos: “Há carência de leitos e mortes nas filas dos hospitais, epidemias de dengue e meningite, pacientes esperando até 30 dias por uma vaga nos hospitais”. Para ele, resta ao Estado utilizar-se de parcerias privadas e reduzir a penalização com a alta carga tributária.

Entre os presentes no encontro, o presidente da ssociação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (AHSEB) e presidente da Federação Baiana de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (Febase), Marcelo Britto, além do vice-presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos do Serviço de Saúde do Estado da Bahia (Sindhosba), Eduardo Olivaes, o secretário de Saúde de Salvador, José Carlos Brito.

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