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Foi enterrado no final da tarde deste domingo o corpo do juiz Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro, 38 anos. Pitágoras foi morto por um policial militar no início da noite de ontem, sábado (10), na Avenida Tancredo Neves. O sepultamente ocorreu no Cemitério Jardim da Saudade, em Brotas.

Segundo informações da delegada titular de Homicídios e que participa do inquérito, Francineide Moura, o magistrado foi morto pelo Policial Militar Daniel dos Santos Soares, que serve à 35ª Companhia Independente da Polícia Militar. Testemunhas informaram que o juiz interceptou o carro do PM e desceu armado em direção ao policial. O militar diz que agiu em legítima defesa. Familiares do juiz que não quiseram se identificar contestam a versão do policial, afirmando que o PM agiu com violência e não deu chance de defesa.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil (Delegacia de Homicídios e 16ª delegacia da Pituba) e pela Corregedoria da Polícia Militar. O policial foi ouvido no sábado e liberado para responder ao inquérito em liberdade. Ele confirmou a informação das testemunhas de que foi fechado pelo juiz que já desceu do veículo com uma arma em sua direção. Ele completou que tentou dialogar com a vítima, mas que não teve oportunidade e precisou reagir.

Nota à imprensa
A Polícia Militar divulgou uma nota oficial à imprensa neste domingo (11) relatando o que ocorreu a partir do depoimento dado pelo soldado, que é lotado na 35ª CIPM da Pituba. De acordo com as declarações prestadas pelo policial, a discussão partiu do Juiz, que havia gesticulado e gritado para ele.

Após isso, o soldado estacionou o veículo em que estava e o policial conta que a vítima estava com uma arma apontada para ele. No depoimento ele afirma ter pedido para que o Juiz parasse e, por esta razão, efetuou os tiros contra o magistrado.

Ainda segundo a nota divulgada pela polícia, o soldado foi ouvido na própria companhia em que trabalha e o seu caso foi entregue à Polícia Civil para que possam ser tomadas as medidas penais. Após o depoimento, ele foi liberado e o fato ainda será apurado também pela Polícia Militar.

(Com informações do repórter Bruno Menezes)

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