O deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN) alertou hoje para o carátr eleitoreiro do programa de segurança lançado hoje pela Secretaria de Segurança Pública. “O eleitor tem que estar atento a essas medidas. Levamos mais de três anos denunciando a falta de ações e cobrando um trabalho efetivo do governo Jaques Wagner para dar segurança ao cidadão e, coincidentemente, esse plano só aparece agora, às vésperas das eleições gerais, nos maiores colégios eleitorais do Estado – Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna e Porto Seguro – e envolvendo a área mais frágil do governo petista. Porque não fizeram algo durante esses quase quatro anos de governo? É para desconfiar”, afirmou Bacelar.
       Apesar da medida visivelmente eleitoreira, o deputado afirmou que “antes tarde do que nunca”. “Deveriam ter adotado medidas de combate a criminalidade isso sistematicamente, mas já que estão fazendo isso só agora, vamos torcer para que dê certo pelo menos nesse final do governo Wagner. Vamos ter, pelo menos no período eleitoral, o combate ao tráfico de drogas e a apreensão de armas, coisa que, repito, deveria ser rotina do governo não uma medida extemporânea”, avaliou o parlamentar que integra a Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembléia Legislativa da Bahia.
       O plano do Estado prevê intensificação do policiamento por meio de blitze nas principais rodovias estaduais, incursões em locais com maior índice de criminalidade e outras ações permanentes, como o cumprimento de mandados de prisão e a repressão ao crack e outras drogas. “Ações que sempre cobramos do Estado. O que é curioso é que agora a Secretaria de Segurança Pública terá policiais para trabalhar em regime de plantão, fazendo hora extra para cumprir essa medida. Não sou contra a ação, mas o eleitorado tem que estar atento se esta não é mais uma medida eleitoreira a fim de conquistar a simpatia do eleitor. Temos que ver que são quase quatro anos sem que o Estado apresentasse um plano de segurança. Hoje vemos que existia alternativas. Não se implementava por falta de vontade política e, com isso vimos a violência aumentando e decretando a morte dos nossos jovens negros, moradores das periferias, com baixa escolaridade, desempregados e carentes”, ressaltou o parlamentar.

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