Último Segundo

A tempestade tropical Alex atingirá várias partes do México, mas não passará pela área do Golfo do México, onde ocorre o vazamento de óleo. A tempestade não se dirige para a região pelo menos por agora, dizem os metereologistas o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. No entanto, essas tempestades podem mudar de curso rapidamente.

Qualquer tempestade com ventos maiores que 74 quilômetros por hora podem forçar a BP a abandonar os trabalhos de contenção do vazamento de óleo por, ao menos, duas semanas, o que vai atrasar a perfuração de dois novos poços que aliviariam o fluxo de óleo. Os dois novos poços consistem na melhor esperança de parar o vazamento, segundo Thad Allen, almirante da Guarda Costeira dos Estados Unidos.

De acordo com o Centro Nacional de Furacões, o Alex enfraqueceu neste domingo, mas deve ganhar força após chegar à península Yucatán. De acordo com as projeções, o possível furacão atingirá o México próximo ao sul do Texas, evitando a área atingida pelo vazamento de óleo, mas os metereologistas o estão monitorando de perto. “Sabemos que pode haver uma mudança no último minuto.”

Evacuação

Quase 39 mil pessoas e seis mil barcos trabalham no local do vazamento, em áreas próximas ou em terra para conter o vazamento de óleo. Caso o Alex mude de direção, a BP terá que retirar todas essas pessoas e equipamentos do local do vazamento, o que atrasará a operação.

A BP, em conjunto com a Guarda Costeira e o governo de Louisiana, já preparam rotas de fuga para evacuar a área, caso Alex mude de direção.

Temporada

Não importa o que aconteça, a tempestade tropical Alex é só o começo da temporada de furacões que, segundo especialistas, será bastante ativa em 2010.

Para Jeff Masters, diretor de metereologia do serviço Weather Underground, os responsáveis pela limpeza do vazamento de óleo devem repensar sua estratégia de evacuar a área com cinco dias de antecedência, porque tempestades podem mudar de rumo em menos tempo. “Se isso não acontecer, ou eles terão muitos alarmes falsos e cancelarão as operações desnecessariamente, ou colocarão vidas em risco.”

Compartilhe