France Press/ Folha

Os operários da plataforma de petróleo da BP (British Petroleum) que explodiu no golfo do México, gerando uma das piores catástrofes ambientais da história, receberam três sinais de alerta de que algo estava funcionando mal antes do desastre revelaram nesta terça-feira legisladores americanos que investigam o caso.

Citando uma investigação interna da BP sobre o incidente de 20 de abril, os legisladores Henry Waxman e Bart Stupak informaram que antes da explosão os operadores da plataforma receberam três alarmes sobre problemas de fluxo no poço.

“Um (dos alertas) ocorreu 51 minutos antes da explosão, quando o fluxo superou o padrão de bombeamento”, afirmam os representantes que presidem a comissão de energia e comércio.

Outro aviso ocorreu 41 minutos antes da explosão, quando houve um inesperado aumento de pressão.

O último alerta veio 18 minutos antes da explosão, “diante de pressões anormais e da presença de lodo, quando o bombeamento foi interrompido abruptamente”, destaca o memorando.

Também há indícios de que os operários da plataforma tentaram controlar a pressão antes da explosão, origem da mancha de petróleo que avança pelo Golfo do México.

O petróleo continua vazando no fundo o mar e a BP informou nesta terça-feira que injetará lodo e concreto no oleoduto rompido para tentar interromper definitivamente o fluxo.

O grupo petroleiro britânico estima sua chance de sucesso na operação em 60%, mas admite que pode fracassar em mais esta tentativa de conter o vazamento, devido à grande profundidade.

Se a operação fracassar, a BP tentará colocar uma rede de tubos de captação para “recuperar a maior parte do petróleo e do gás que saem do poço”.

Este sistema seria instalado no fim do mês.

Compartilhe