O deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN) afirmou hoje que a falta de planejamento afeta a segurança pública na Bahia, instaura a impunidade e estimula o aumento da criminalidade.
Bacelar tomou como base dados de 2008, quando as 223.451 ocorrências registradas nas delegacias baianas, apenas 32.637 foram investigadas (14,6% dos casos).
”Deste total, apenas 14.548 ou 3,2% foram denunciadas ao Ministério Público. Ou seja, a polícia conseguiu elucidar o caso, identificar os responsáveis e transformar o inquérito policial em processo”.
”Foram 2.871 pessoas presas ou que cumpriram penas alternativas, apenas 1,3% das 223.451. Ou teremos em 98,7% dos casos, a certeza da impunidade e a realimentação do comportamento criminoso”.

”Se formos contabilizar todas as denúncias, as chamadas subnotificações gerais de 70% das ocorrências, teremos, ao final 0,39%, dos casos elucidados. Ou seja, nesta última situação, 99,61% dos crimes ocorridos não serão punidos”, relatou o deputado.

Para Bacelar, esse é o resultado da falta de política de segurança pública, da ineficiência, da falta de comando, da frouxidão e da complacência do estado com a violência.

”A complacência e a frouxidão do Estado com a bandidagem contaminou as políticas de segurança pública. Agora, para reverter essa situação, onde a criminalidade comanda, serão necessários despender de mais recursos, necessitar de mais homens e de uma verdadeira operação de guerra para vencer a bandidagem e oferecer segurança à sociedade”.

”Ou seja, segurança pública se faz com planejamento, e uma gestão salva de ingerências políticas. Só assim é que se pode combater a criminalidade”.

”É exatamente aquilo que nos falta: um plano de ação – cobrado muitas vezes aqui nesta Casa – do secretário de Segurança Pública. E o reflexo pode ser visto nos números da violência cada vez aumentando mais, as drogas tomando conta não mais das periferias dos grandes centros, mas das cidades do interior também e a Polícia incapaz de conter a criminalidade”, concluiu Bacelar.

Da assessoria do deputado

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