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 A procuradora Vera Lúcia de Sant´Anna Gomes chegou a ser agredida na saída da delegacia

A procuradora Vera Lúcia de Sant´Anna Gomes chegou a ser agredida na saída da delegacia

A procuradora de Justiça aposentada, Vera Lúcia Sant’anna Gomes, acusada de torturar uma menina de dois anos, teve o pedido de liberdade provisória negado pela Justiça nesta terça-feira.
De acordo com a Band News FM, Gomes está presa desde a última quinta-feira (12) no Bangu 8 (presídio de Pedrolino Werling de Oliveira), localizado na zona oeste carioca.
Vera Lúcia se entregou nesta quinta-feira à Justiça no Fórum do Rio. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado, ela foi citada formalmente das acusações de tortura e racismo. As penas para esses crimes são, respectivamente, de dois a oito anos e de um a três anos. De acordo com a delegada, um laudo do IML mostra que a criança sofreu lesões em diferentes dias.

Agressão

A denúncia contra os maus tratos aconteceu no final de abril e foi feita por empregados, que teriam testemunhado as agressões. A criança foi adotada em março por Vera Lúcia e, desde então, teria sofrido agressões e humilhações. O Conselho Tutelar retirou a menina do apartamento e a enviou para um abrigo.

Após colher os depoimentos das testemunhas, a Justiça indiciou Vera Lúcia, no dia 29 de abril, por tortura e racismo. No dia seguinte, a delegada Monique Vidal, titular da 13ª DP (Copacabana), pediu a prisão preventiva da procuradora, solicitação que também seria feita, no dia 5 de maio, pelo Ministério Público.

A acusada chegou a ser detida em sua casa em Búzios, litoral fluminense, mas acabou sendo liberada, já que o mandado de prisão ainda não havia sido expedido na ocasião. Desde então Vera Lúcia se encontrava foragida.

A defesa de Vera Lúcia entrou em seguida com um pedido de habeas corpus, negado pela desembargadora Gizelda Leitão Teixeira. O Disque-Denúncia chegou a divulgar um cartaz pedindo à população que denunciasse o paradeiro da procurada.

Redação: Bárbara Forte/E-band

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