Thiago Pereira/ Tribuna da Bahia

Romildo de Jesus
As cadeirinhas serão obrigatórias para o transporte de crianças em todo país.

Multa de R$ 191,54 (gravíssima) e sete pontos na carteira. Esta será a punição para os motoristas que, a partir do dia 9 de junho, forem flagrados transportando crianças sem os equipamentos de segurança no banco traseiro. Para alertar a população sobre a nova lei, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, lançou nesta quinta-feira (13) a campanha nacional de trânsito para o uso de cadeiras para crianças. A veiculação de propagandas educativas será iniciada no próximo domingo (16), com a exibição de vídeos em emissoras de TV.

A resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Conatran) que determina a obrigatoriedade do equipamento de segurança para transporte de crianças foi aprovada em 2008, mas só deve entrar em validade no meio deste ano. A recomendação é de que recém-nascidos com até um ano de idade sejam transportados no bebê-conforto. De um a quatro anos, as crianças devem ficar em cadeirinhas. Entre quatro e sete anos e meio, o ideal é que utilizem a elevação de assento. Já as crianças acima de sete anos e meio até dez anos devem viajar somente no banco traseiro, com a utilização do cinto de segurança.

“A legislação já está em aplicação, mas a partir de 9 de junho será obrigatória com fiscalização e multa. Atualmente é apenas orientação aos motoristas”, afirmou o ministro. O modelo dos assentos varia entre R$ 150 a mais de R$ 1.000, valores considerados altos para a população de baixa renda.

Durante a apresentação da campanha, o ministro Márcio Fortes se emocionou ao lembrar que seu filho de 22 anos morreu em um acidente de carro há seis anos, no Rio de Janeiro. Segundo o ministro, ele estava dirigindo um veículo que capotou e, apesar de estar com cinto, não sobreviveu.

Fortes criticou os motoristas imprudentes que acham que nada de ruim irá acontecer.”Eu já perdi um filho. Aconteceu lá em casa, pode acontecer com qualquer um. E depois que a gente começa a conversar com as pessoas, vai ver quantos perderam filhos”, lamentou.

O ministro também ressaltou que a pena da infração vai diminuir a impunidade. “Quem já está conscientizado não vai precisar da fiscalização, porque não vai cometer nenhuma infração. E quem está distraído vai cometer a infração e vai doer [será castigado] nos pontos e na carteira”.

Materiais educativos também serão distribuídos em escolas. “É importante que essa campanha também chegue até as crianças, pois os filhos começam a cobrar dos pais”, disse o ministro.

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