Geddel: “Não vamos atacar o governador, vamos fazer a critica ao governo” na propaganda eleitoral
do Tribuna da Conquista
Na última sexta-feira o deputado federal e candidato a governador da Bahia, Geddel Vieira Lima (PMDB), concedeu uma entrevista coletiva em Vitória da Conquista.
A reportagem do Tribuna da Conquista perguntou sobre propaganda política, quanto gastará na campanha e também o apoio a Dilma em detrimento de José Serra. Leia abaixo o que o peemedebista respondeu.
Tribuna da Conquista – O senhor possui praticamente o mesmo tempo de televisão na propaganda eleitoral do candidato a reeleição, Jaques Wagner. Já tem uma noção se a propaganda do senhor será mais propositiva ou vai servir para atacar o governo.
GEDDEL – Atacar não. Nós vamos fazer, e não pudemos abrir mão disso, a critica substantiva em relação a esse projeto de governo. As pessoas precisam compreender uma coisa que é da lógica política e isso é da lógica política. Nós temos divergências profundas com a forma que está sendo conduzida, por exemplo, a segurança pública, a saúde, educação, o tratamento que é dado por esse governo em relação a agricultura e as políticas de desenvolvimento regional.
Se não tivéssemos essas divergências nós não teríamos o porquê de termos um projeto alternativo. E por não concordar com o que está sendo feito, iremos fazer as criticas substantivas, objetivas, respeitosas mais substantivas. Por outro lado, usaremos esse tempo e nas oportunidades que tivermos para apresentar propostas também substantivas e dizer o que pretendemos fazer, como podemos fazer meta para complementar isso e dizer de onde vem o dinheiro para dar substancia e financiar essas propostas.
TC – O Senhor já tem uma perspectiva de quanto vai gastar nos três meses de eleição?
GEDDEL – Certamente ainda não. Essa questão de financiamento da campanha será tratada no momento oportuno pelo comitê do partido, pelo comitê da campanha, da coligação. Mas será tratada com toda transparência exigida por Lei e toda transparência que nós realmente queremos dar a esse processo.
TC – O Senhor apoiou Serra em 2002. Agora o Serra é candidato e o senhor vai apoiar a Dilma. Por que mudou?
Geddel – Isso só mostra exatamente a minha posição na vida pública de respeito a democracia e com o povo. Em 2002 o PMDB, meu partido, e não tive outro na vida pública, decidiu por apoiar a candidatura de José Serra e indicou a deputada Rita Camata como sua companheira de chapa. Eu trabalhei com isso. Perdi as eleições.
Passei quatro anos na oposição. Quando chegou quatro anos depois em renovar o meu entendimento com o povo da Bahia, eu tinha um adversário na política local, um duro adversário. Propus ao meu partido a formatação de uma nova aliança e de um novo entendimento e fui para a praça pública e pedi que me julgasse se minha decisão em apoiar Lula foi correta e tive aproximadamente 300 mil votos pra deputado federal. Fui ser da base do presidente e ministro do presidente com quem construir uma relação de amizade. Em minha história não existe a figura da adesão. Existe a figura da proposta da população e seguir o que ela decidiu nas urnas. Acho que isso é democracia.
Isso aí Geddel, mostra pras pessoas como é que se faz política séria: com propostas de verdade, factíveis e que possam ser implementadas. Não adianta nada fazer promessas mirabolantes que não poderão ser cumpridas e nem ataques vazios. Isso não leva a nada.
Estou com Geddel e não abro. Sou mais um eleitor ansioso pra ver propostas e as plataformas de governo quando a campanha começar. Que venham as eleições.
Tem muita gente que diz quer não gosta de política, que é tudo um a sujeira e que não adianta nada votar que nada muda. Eu sempre respondo que a gente precisa escolher os políticos certos e fiscalizar, se não, aí sim, é que nada muda mesmo. O geddel é a chance que a Bahia tem de fazer diferente nessas eleições e acabar com esse governo inerte que não resolve nada.