Lucas Frasão Do Globo Amazônia, em São Paulo
Coordenado no Brasil pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o projeto está em fase inicial e ainda define datas para os próximos encontros com representantes de outros países. Os organizadores estimam apresentar um resultado em 2011, mas isso vai depender de como o processo avançar em cada instituição participante.
saiba mais
O desafio é complexo, segundo o pesquisador Carlos Souza Junior, do Imazon. “Se a gente trabalhar com metodologia homogênea, teremos um mapa completo da bacia amazônica. Hoje, o mapa é uma colcha de retalhos”, diz ele. Para padronizar as informações, os participantes terão de trabalhar para criar uma legenda útil a todos os países, que têm português, espanhol, francês e inglês como línguas oficiais.
Outro agravante é que nem todos os países monitoram suas florestas com regularidade, como o Brasil. Um deles é a Venezuela, cujos dados sobre desmatamento são praticamente inexistentes.
A primeira reunião internacional para discutir o assunto foi realizada em São Paulo de segunda (3) a quinta-feira (6) passada, com participantes do Brasil, Bolívia, Suriname, Venezuela, Colômbia e Peru, alguns dos membros da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg). Além da discussão de agenda para definir os próximos passos do projeto, o encontro promoveu um curso de capacitação técnica sobre processamento de imagens de satélite, com o objetivo de monitorar áreas de desmatamento.
Coordenador de geoprocessamento do ISA, Cícero Cardoso Augusto esteve na reunião e informou que os países também devem lançar, em outubro, um mapa atualizado com dados de desmatamento e, em novembro, um atlas com mais informações a respeito do corte irregular de florestas na Amazônia.