Rocha l A TARDE

Foto: Fernando Vivas/Agência A TARDE

Por causa da alta de preços, a diarista Gilda Ferreira reduziu o consumo de feijão

Por causa da alta de preços, a diarista Gilda Ferreira reduziu o consumo de feijão

O feijão-carioquinha está pesando cada vez mais no bolso do consumidor soteropolitano. Para se ter uma ideia,  em abril, o produto ficou 20,79% mais caro nos supermercados baianos. Já a inflação do período ficou em 0,92%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), divulgado na terça-feira, 4, pela Fundação Getúlio Vargas. O produto foi o que registrou maior influência sobre a composição da inflação do  setor alimentício.

O preço do produto varia de R$ 2,44 a R$ 4,97 nos supermercados de Salvador. “Considero que o feijão é um alimento essencial para a saúde da minha família, mas, com este preço, procuro alternativas, principalmente nos finais de semana”, comentou a diarista Gilda Ferreira. Ela diz que não abre mão da qualidade e por isso prefere reduzir a frequência com que consome o produto.

A vendedora Marilene Lima Costa diz que só compra quando o produto está em promoção. “Na promoção, eu consigo comprar feijão por R$ 2,60 ou R$ 2,80. Hoje, a R$ 4,97, eu desisto de levar”, afirmou a vendedora.

O técnico de planejamento de mercado do feijão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), João Ruas, explicou que, apesar de produtores terem aumentado a área plantada na primeira safra de feijão em 2010, as fortes chuvas, especialmente no  Paraná e São Paulo (maiores produtores), prejudicaram a qualidade do produto. “Na segunda safra, a área plantada foi menor e, como já havia o déficit do produto de qualidade no mercado, os preços subiram”, explica ele.

Nordeste
– Já as safras do Nordeste, em especial do Ceará e Rio Grande do Norte, foram prejudicadas pela estiagem no período de plantio e a demanda da região aumentou. A Bahia registrou aumento de 34% na produção de feijão na primeira safra de 2010, mas, com a decadência da cultura na região de Irecê, a produção do Estado hoje não é suficiente para impactar nos preços.

Compartilhe