Até o governador Jaques Wagner virou “freguês” da bandidagem

 A violência na capital baiana alcançou o governo estadual. Três bandidos armados roubaram a caminhonete blindada da Casa Militar do Governo, na tarde do último sábado, no bairro da Pituba, uma das áreas consideradas mais nobres da cidade.

 A caminhonete modelo Hilux SW4, da Toyota, blindada, pertencente à Casa Militar do Governo e usada nos deslocamentos de Jaques Wagner (PT), foi levada por três assaltantes, por volta das 14 horas, no Bairro da Pituba, orla marítima da capital baiana.

 

O governador não estava no veículo no momento do assalto, que ocorreu durante uma “fugidinha” de um oficial da Casa Militar para atender a um pedido de sua ex-mulher. O sargento Carlos Augusto Barbosa de Paulo estava com a caminhonete para lavá-la e abastecê-la, antes de cumprir uma missão oficial à noite, e desviou da rota para entregar medicamentos à ex-mulher com finalidade de tratar sua filha, quando foi surpreendido pelos bandidos.

De acordo com informações da Casa Militar, ele estava na porta do prédio onde a ex-esposa mora, na Pituba, no momento do assalto. O sargento não reagiu. De acordo com o chefe da Casa Militar, coronel Expedito Barbosa, o sargento vai responder por processo administrativo e sua pena pode variar de uma simples advertência até a prisão.

“Quando ele foi entregar os medicamento, um cara chegou e disse: ‘perdeu, me dê a chave do carro’”, disse o coronel Expedito. Ele afirmou que o sargento não tinha autorização dos seus superiores para cumprir o compromisso particular com o carro do governo. “A missão que ele ia desenvolver não era naquele momento”.

Segundo o coronel, dois procedimentos foram instaurados. Um processo administrativo vai apurar a conduta do sargento Carlos de Paula, enquanto que um inquérito criminal investiga o roubo em si do veículo.

O governador Jaques Wagner comentou o assunto. “O levantamento está sendo feito. Óbvio que foi uma fatalidade e estou muito à vontade. Não tinha ninguém meu lá. A minha família, quando precisa, por uma questão de segurança, tem o seu próprio sistema de segurança”, disse. “Pode acontecer com o cidadão comum e com ele, que não estava fardado, nem o carro estava identificado por ser do governador, que você não identifica para garantira a segurança”, declarou o governador. “Se houver qualquer coisa que caracterize um comportamento não dentro da norma, a chefia dele tomará atitude. Mas primeiro é ouvir quais são as explicações e tentar recuperar o carro”, afirmou Wagner.

Terra

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