O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, foi condenado a 30 anos de prisão pela morte da missionária Dorothy Stang.
Ele foi julgado pela terceira vez, nesta segunda-feira. Após 15 horas, saiu a sentença de 30 anos de prisão em regime fechado, por ter encomendado a morte da missionária. Os advogados de defesa ainda tentaram libertar Bida antes do julgamento, mas o ministro Cezar Peluso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), indeferiu o pedido de liminar.
No dia 31 de março, os advogados de defesa de Vitalmiro, conseguiram adiar o julgamento em 2ª instância, marcado para aquela data. A defesa não compareceu ao júri, o que forçou a convocação da defensoria pública e o estabelecimento de nova data para o julgamento: 12 de abril.

Três julgamentos

Bida já havia sido condenado a 30 anos de prisão em 2008, no primeiro julgamento, e teve o benefício previsto em lei que prevê um novo júri para condenados a mais de 20 anos de prisão.

No segundo julgamento, ocorrido em 2009, ele foi absolvido. O Ministério Público recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que anulou a sentença.

Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros, no dia 12 de fevereiro de 2005, num assentamento em Anapu, no Pará. A missionária participava da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e defendia o uso sustentável de propriedades agrícolas na Amazônia.

Redação: Fábio Mendes

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