A crise aberta com a intervenção militar na Guiné-Bissau, no dia 1 de abril, pode estar perto do fim. Após uma reunião realizada ontem (6 de abril) entre o presidente do país Malam Bacai Sanha, o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, e o líder do levante militar Antônio Injai, foi anunciado um acordo entre as partes que oficializa o fim da crise no país.
O encontro não abordou a questão da nomeação de um novo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas em substituição a Zamora Induta, que foi detido pelos rebeldes. Alémd e Zamora, o levante militar mantém sob prisão o coronel Samba Djaló e o capitão Fernando da Silva-Nando, secretário pessoal de Zamora Induta.

A crise abalou a economia, a política e a vida social da Guiné-Bissau, e segundo especialistas trouxe efeitos negativos tidos como difíceis de reparar em pouco tempo. “O país está longe de controlar a ganância e o problema das drogas continua permanente; cada lado na crise quer ser o protagonista econômico, social e político neste país”, afirma um líder do Movimento Democrático Guineense, uma das correntes mais centradas do país. Já o presidente da Guiné-Bissau declarou que o acordo trouxe de volta a paz. “Cada guineense tem que ter a consciência de que o país necessita estabilizar-se, e para retomar o seu desenvolvimento chegamos à um acerto entre as partes”, disse Malam Bacai Sanhá.

JMM

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