Elas trabalham fora, cuidam da casa, dividem as despesas familiares e ainda têm tempo e dinheiro para gastar com o consumo próprio. Detentoras de um poder aquisitivo cada vez maior, as mulheres da classe C estão ganhando destaque não só no mercado de trabalho, como na economia da classe média.

Amabília, 23 anos, tem como maior sonho os estudos e a formação profissional

Até o final do ano, estima-se que elas irão movimentar R$ 158 bilhões em consumo, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular, em 153 cidades brasileiras, incluindo Salvador. Uma prova disso é que, no shopping ou nos mercados, há 12 mulheres da classe C para cada 10 homens em compras. Elas também somam mais de 60% da população feminina com acesso a serviços financeiros.

O estudo tomou como base mulheres acima dos 18 anos, cuja renda familiar esteja entre três a 10 salários mínimos. “Porém, mais de 70% corresponde à faixa até cinco salários”, afirma o sócio-diretor do instituto, Renato Meirelles. Segundo os dados, elas são 48,6 milhões dos 94,4 mi que fazem parte da classe C – 49,7% da população.

No shopping, são elas que representam 59% do público consumidor, contra 22% da classe A/B e 19% D/E. Em lojas de roupas e farmácias, ocupam 51% da clientela – 14% são A/B e 35% são D/E. Em supermercado, elas também são maioria: 50%, contra apenas 12% A/B e 37% D/E.

A tarde

Compartilhe