O escândalo do mensalão do DEM chegou ao Congresso e ao maior partido do país, o PMDB, informa reportagem de Filipe Coutinho e Fernanda Odilla, publicada nesta terça-feira pela Folha.

Segundo a reportagem, relatório da Polícia Federal pela primeira vez incluiu um deputado federal no inquérito da Operação Caixa de Pandora: Eunício Oliveira, ex-ministro do governo Lula e hoje o peemedebista mais importante do Ceará.

A polícia suspeita que uma empresa de Eunício se beneficiou do esquema que desviou dinheiro público e distribuiu propinas no Distrito Federal –e que levou à prisão do governador agora cassado José Roberto Arruda (sem partido).

A Folha informa que o documento cita quatro vezes o nome de Eunício e oito vezes os de empresas das quais ele é sócio.

Outro lado

Eunício Oliveira disse não haver razão para investigá-lo. “Desafio a polícia ou qualquer um a dizer que pedi dinheiro ou que paguei [propina].”

Dono de 50% da Manchester, suspeita de ter sido beneficiada no mensalão do DF, ele disse que desde 1998 está afastado do comando da empresa e que tem certeza de que não houve irregularidade na execução do contrato.

Nelson Neves, da Manchester, negou ter sido favorecido pelo governo. Afirmou que o primeiro pagamento saiu em dezembro, “com atraso”.

Folha

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