Rio – Dia Mundial da Água é comemorado amanhã, 22 de março. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil está bem na fita em quantidade: tem 11,6% de toda a água doce do planeta. Mas, no contexto, o horizonte não é dos melhores. Pesquisa da Agência Nacional de Águas (ANA) aponta que a demanda nas regiões metropolitanas é maior que a produção atual. Para evitar escassez em 15 anos, é preciso investir R$ 27,7 bilhões. Para Sergio Belleza, gerente da Divisão de Tratamento de Águas da Argal Química, a solução está em empresas e programas de conscientização. “O uso racional da água tem que ser visto como fator urgente e prioritário. Além disso, as empresas têm que estar atentas à implantação dos modernos sistemas de reuso de água”, diz.

A coluna Conta Social reúne aqui alguns exemplos empresariais que nos deixam em bons lençóis. A Fábrica da Souza Cruz, em Uberlândia, começou a captar água da chuva, que é armazenada em lago artificial para a indústria. Segundo a empresa, mais de 110 milhões de litros são reciclados por ano — economia para o abastecimento de 500 famílias no período. Se, antes, a Amazônia era a palavra da moda, ao se falar de água, agora, descobriu-se que é no Cerrado que estão as nascentes dos rios. “Muitas pessoas ainda reconhecem o Cerrado como bioma de clima seco e sem vida. Poucos sabem que é a maior fonte geradora de água doce do País”, explica a diretora executiva da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, Malu Nunes. Com essa preocupação, a fundação mantém duas reservas no Cerrado — Santo Morato e Tombador.

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