De nada adiantaram as assinaturas de mais de um milhão de eleitores e o trabalho da comissão especial da Câmara para amenizar o projeto que impede a candidatura de políticos com ficha suja na Justiça.
Horas depois de receber a nova versão do projeto “ficha limpa’’, o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), praticamente enterrou ontem as chances de a proposta ser votada antes das eleições de outubro.
Para não colocar o projeto na pauta, ele alegou que seria “desastroso” a proposta ser rejeitada no plenário da Câmara, uma vez que não há consenso entre os partidos.

– Não devemos levar o projeto desajustado para o plenário – disse.

Um dos motivos para as dificuldades de a proposta ser aprovada é o estabelecimento da inelegibilidade para políticos condenados em primeira instância. O texto pune a prática rotineira dos políticos de renunciar ao mandato para evitar abertura de processo de cassação.

– Acabamos com a malandragem de a pessoa renunciar antes de ser cassada. Desde o oferecimento de representação capaz de gerar abertura de processo, a renúncia está proibida – afirmou o deputado Índio da Costa (DEM-RJ), presidente da Comissão Especial.

Zero Hora

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