O Ministério da Educação divulgou nesta quarta-feira balanço preliminar da primeira edição do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) que ofereceu 47,9 mil vagas em universidades federais com base nas notas do Enem. Até o momento, cerca de 7 mil não foram ocupadas. A primeira leva de inscrições pela lista de espera termina nesta quarta. Caso nem todas sejam preenchidas, as instituições vão chamar estudantes por processos próprios. Segundo a secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci, que ficou em reunião com as 51 instituições que participaram do SiSU desde as 10h da manhã desta quarta, a primeira edição foi muito bem-sucedida. “Completamos o preenchimento de 85% das vagas oferecidas. Até o final da semana que vem, esperamos atingir o preenchimento de 95%”. Até o momento, 40.789 candidatos já foram matriculados. A lista de espera tem 136 mil nomes.

 Maria Paula ressaltou que o “grande avanço do SiSU é promover a mobilidade estudantil”. Segundo ela, a taxa de mobilidade foi de 25%, e até então, era de 1% segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Dos 33.039 estudantes matriculados até a 3ª etapa de seleção do sistema, 8.353 optaram por estudar fora do seu Estado. O MEC aumentou os recursos previstos para o Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) para que as universidades recebam os novos alunos.

O Estado que mais recebeu estudantes de outras regiões foi o Mato Grosso. Até a 3ª etapa, 1.183 candidatos que não residiam no Estado fizeram matrículas nas instituições de lá. Em seguida, os que mais receberam estudantes “de fora”, até então, foram Rio Grande do Sul (1.118) e Minas Gerais (1.052).

Vagas disponíveis

A maioria das 7 mil vagas ainda não preenchidas, segundo o MEC, é destinada às políticas afirmativas e às que serão ocupadas no segundo semestre. Muitas instituições, como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), colocaram no sistema vagas que só serão ocupadas por estudantes no próximo semestre.

Maria Lúcia Cavalli Neder, reitora da UFTM, diz que esse é um processo normal na universidade. “Só fazemos um vestibular, para economizar recursos. Os estudantes são selecionados de uma vez e já realizam matrícula, mas só começam a estudar em agosto”, afirma.

 IG

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