O estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, principal suspeito do assassinato do cartunista Glauco Villas Boas, de 53 anos, e seu filho Raoni, de 25 anos, afimou em seu depoimento na sede da Polícia Federal, em Foz do Igauçu, no Paraná, na tarde de terça-feira (16), que acabou ‘com a própria vida’ ao cometer os assassinatos.

Os detalhes do depoimento são revelados na tarde desta quarta-feira (17) pelo delegado Archimedes Cassão Veras Júnior, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia Seccional de Osasco, na Grande São Paulo. Ele viajou à cidade do Paraná para interrogar o suspeito na terça e voltou no mesmo dia a São Paulo.

De acordo com o delegado, Cadu afirmou que após matar o cartunista e seu filho se deu conta de que ‘o bagulho melou’.

Logo após cometer o crime, Cadu fugiu pela estrada de terra que dá acesso ao local e entrou na mata. Saiu de lá por volta das 5h, quando conseguiu pegar um ônibus e ir para o bairro do Campo Limpo.

Cadu, segundo o delegado, conseguiu comprar a arma do crime e a munição com dinheiro pego de sua avó sem que ela soubesse o que o rapaz iria fazer. Em seu depoimento, Cadu afirmou: ‘Tive tempo para arquitetar meu plano’.

Sobre Felipe Iasi, que o acompanhou ao local do crime, Cadu afirmou que o rapaz foi obrigado a levá-lo até a casa do cartunista, em Osasco. Antes de sair de sua casa, Cadu telefonou para Raoni, filho de Glauco, e perguntou a que horas ele chegaria em casa – uma precaução para que seu plano não tivesse problemas.

Cadu afimou, ainda segundo o depoimento, que escolheu Iasi para levá-lo ao local onde acabou cometendo os crimes pois ele não apresentaria resistência. 

Cadu está preso em Foz do Iguaçu desde a tentativa de cruzar a fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Na fuga em um carro que foi roubado na Vila Sônia, em São Paulo, ele resistiu à abordagem da Polícia Rodoviária Federal. Uma hora depois, atirou em um policial federal que tentou pará-lo na Ponte da Amizade.

 G1

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