RIO – Um falso médico que prestava atendimento no Hospital de Japeri, na Baixada Fluminense, foi preso em flagrante na manhã desta terça-feira. Júlio César Fernandes Pinto, que se passava por cardiologista, trabalhava nessa região há pelo menos 16 anos. Ele ainda não havia sido contratado na unidade porque estava devendo documentação à Secretaria municipal de Saúde. Para trabalhar, Júlio César Fernandes Pinto usava o registro profissional de um outro médico, chamado Júlio César Lima Fernandes.

Somente na manhã desta terça-feira dez pacientes foram atendidos, receberam receita médica ou foram internados. O falso médico chegou a aplicar injeções.

O secretário municipal de Saúde de Japeri, Fábio Volnei Stasiaki, disse que houve a indicação de outros médicos que o conheciam, e, por necessidade, deixou o médico trabalhar. Segundo a delegada Patrícia de Paiva, a diretora do hospital encaminhou a denúncia contra o médico porque ele não apresentava a documentação necessária.

– Ele começou a trabalhar, tinha que levar a documentação e não levou. Ele disse que tinha sido roubado. Procuramos a delegada, fizemos uma consulta no Cremerj e não constava. Foi uma exceção. Era um senhor que já trabalhava na região. Outros médicos indicaram o trabalho dele – afirmou Fábio Volnei Stasiaki, em entrevista ao telejornal “RJ-TV”.

Júlio César vai responder por crime de estelionato e pode pegar até cinco anos de prisão.

No fim de fevereiro, policiais prenderam em flagrante Felipe Lopes Galdino, de 21 anos, quando dava plantão no Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste. De acordo com os policiais, o rapaz cobrava R$ 260 para fazer o plantão de outros enfermeiros. No entanto, segundo o delegado José de Moraes, Felipe não era concursado e não pertencia ao quadro de funcionários.

No fim de janeiro, uma venezuelana também foi parar na delegacia acusada de usar um registro de médica que não era dela. Segundo a polícia, Laura Constanza Torrente Gonzalez não tinha autorização para exercer a medicina no Brasil. Ela foi presa por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica

Globo

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