O presidente Lula passará a atuar diretamente na costura dos acordos regionais do PT com o PMDB para compor o maior número de palanques únicos possíveis para receber a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao longo da campanha presidencial. Segundo o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), o presidente, a partir de agora, fará reuniões semanais com ele, e os presidentes da Câmara, Michel Temer (SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para discutir o tema. Nos próximos dez dias, segundo agenda prevista por Jucá, Lula também participará de um encontro com a direção dos dois partidos para “passar um pente fino” nas conversas e “fechar um acordo até o final do mês”.

Jucá admite, no entanto, que não haverá acordo na Bahia, onde Jacques Wagner (PT) quer tentar um segundo mandato enquanto o ministro Geddel Vieira cobiça o mesmo posto. Ninguém cedeu e os dois devem sair candidatos. No Mato Grosso, o cenário se repete. O peemedebista André Puccinelli quer se reeleger enquanto o ex-governador Zeca do PT articula a tentativa de retornar ao poder. Ambos foram irredutíveis e sairão candidatos. PT e PMDB ainda brigam em Minas Gerais, Pará e Ceará, onde ainda há dois ou mais postulantes cobiçando o mesmo cargo.

Geddel desdenha de rumores de que teria interesse em César Borges

Procurado para comentar a situação do PR, partido cujos deputados volta e meia afirmam que, se não seguir com o governador, acabará apoiando ele à sucessão estadual, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), candidato do PMDB ao governo, disse estranhar a especulação, mesmo porque pretende anunciar sua chapa até o final desse mês e dava como certa a aliança entre o senador César Borges (PR) e Jaques Wagner (PT). “Nem consulta aos deputados do PMDB sobre uma aliança com o PR fizemos, exatamente porque já dávamos este caso como concluído”, afirmou desdenhando dos rumores sobre eventual interesse seu em Borges.

Política Livre

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