Os sindicatos que representam os funcionários do poder Judiciário vão pedir auditoria na folha de pagamento do Tribunal de Justiça da Bahia. Após reunião com a desembargadora Telma Brito, presidente do TJ-BA, diretores sindicais encaminharam documentos à Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE), Ministério Público Estadual (MTE) e Tribunal de Contas da Bahia (TCE) nos quais exigem uma análise apurada dos salários. “As irregularidades causaram indignação entre os servidores”, afirmou a diretora Elizabete Oliveira Rangel da Silva, coordenadora geral do Sindicato dos Servidores Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sintaj).

Ela se refere aos supersalários de alguns funcionários do TJ-BA, cuja folha de janeiro foi divulgada pela internet, seguindo determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Há supervisor de expediente ganhando pouco mais de R$ 26 mil, motorista com vencimento de R$ 17 mil e atendente de recepção com salário de R$ 12 mil. “Vale ressaltar de que estes supersalários são da minoria, por volta de 10% do quadro”, disse Elizabete.

Segundo ela, Telma Brito assegurou que o TJ-BA fará uma auditoria na folha de pagamento, mas só após cumprir duas outras determinações do CNJ: a transferência das funções do Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária (Ipraj) para as secretarias do TJ-BA e a privatização dos cartórios. Os dois projetos estão em tramitação na Assembleia Legislativa. “A desembargadora Telma Brito mostrou-se preocupadíssima com a situação, mas existem outras questões a serem definidas . A gente acredita que essa auditagem pelo TJ-BA ocorra no final do 1º semestre”, disse Elizabete.

Já a presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário da Bahia (Sinpojud), Maria José Santos da Silva, informou que as lideranças sindicais se reunirão no dia 15 para discutir que outras medidas serão tomada. Designado por Telma Britto para atender aos jornalistas, o desembargador José Olegário Monção Caldas reconheceu que na folha do TJ-BA há “muitas distorções”. “A diferença é exorbitante, mas leva tempo para o TJ-BA consertar essa caixa-preta”.

Correio

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