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A deputada distrital Eurides Brito (PMDB) disse, por meio de sua assessoria, que não vai renunciar ao cargo e vai enfrentar o processo por quebra de decoro parlamentar que foi aceito nesta quinta-feira (25) pela Comissão de Ética da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Além de Eurides, a comissão abriu inquérito contra o ex-presidente da Câmara, Leonardo Prudente (ex-DEM, sem partido) e Júnior Brunelli (PSC). Eles são suspeitos de participar do mensalão do DEM, esquema de corrupção no governo do DF investigado na operação Caixa de Pandora.

Eurides foi flagrada em vídeo recebendo dinheiro de Durval Barbosa, ex-secretário do governo, delator do suposto esquema, e colocando em uma bolsa. A deputada nega as acusações e, na época da denúncia, disse que a gravação foi deturpada.

De acordo com a assessoria de Eurides, o processo será uma oportunidade para esclarecer todos os fatos. Os processos na Câmara Legislativa podem resultar na cassação dos deputados e torná-los inelegíveis por oito anos, mas caso os deputados renunciem ao cargo antes de serem notificados, escapam da cassação. Os deputados têm trinta dias para apresentarem suas defesas após serem notificados.

A assessoria de Prudente, que aparece em vídeo colocando dinheiro em suas meias, disse que o deputado ainda não decidiu se vai ou não renunciar. Mas, na última terça-feira (23, Prudente disse que não pensava em deixar o cargo.

A assessoria de Brunelli não foi encontrada pela reportagem para falar se o deputado pretende ou não renunciar. Como a sessão de hoje da Câmara foi suspensa, os deputados só devem ser notificados na semana que vem.

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