Política para Políticos

Na eleição passada dois ex-integrantes do PT, Cristovam Buarque e Heloisa Helena participaram da campanha. Para alguns seria um prejuízo eleitoral para Lula, o que em verdade não ocorreu. Agora, outra ex-petista que, como Buarque, participou do ministério de Lula e saiu inconformada, Marina Silva, titular da Pasta do Meio Ambiente, é candidata.

Ela tem um grande e básico tema para defender nas suas intervenções e parece ser este seu principal objetivo. Mas critica a possibilidade da campanha virar um debate plebiscitário entre o PSDB e o PT. “E isso porque o que acabaria ocorrendo seria o engessamento, transformando a campanha numa disputa plebiscitária”. Acha até que é possível avançar reunindo as gestões Fernando Henrique e Lula.
Para ela é necessário fazer avanços nesse sentido, pois do contrário “estaríamos engessando o país nessa disputa. E faz uma observação, nela se incluindo, ao dizer que “um erro que nós cometemos historicamente foi não estabelecer um ponto de contato com o PSDB no período em que era governo e no período em que Lula foi presidente.”
Marina conclui que, sem esse diálogo, os dois grandes partidos se tornaram reféns de maiorias às vezes fisiológicas, com graves problemas para a governabilidade.”
E renova sua advertência: “não podemos engessar o país numa perspectiva de plebiscito, para ver quem fez mais no passado.”

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